“A chuva tão aguardada depois de tantos dias, mesmo com a situação de abastecimento controlada no município, porém, motivo de preocupação, ocasionou surpresas desagradáveis a moradores. A Defesa Civil prestou atendimento com rapidez e pontualidade, e todo aparato material e suporte treinado. Vidas foram preservadas (...)
Eram por volta de 15h desta terça-feira (9 de junho) e uma forte chuva caiu sobre Lages após aproximadamente três meses sem uma precipitação expressiva na região, já que o registro é de ser esta a maior seca dos últimos 48 anos no município e a maior dos mais recentes 70 anos na Serra Catarinense. O dia virou noite com as nuvens densas e carregadas, anunciando algo atípico, e o temporal teve duração de cerca de 40 minutos, com acumulado em 30 milímetros.
Embora fosse esperada com ansiedade, a chuva assustou os lageanos, resumidamente por três motivos: Foi intensa, com ventos e alguns trovões. Dentro das residências mais suscetíveis, a altura da água que invadiu as moradias alcançou de um a 1,5 metro de altura. Contudo, não houve gravidades, mas transtornos incomodaram a comunidade.
A sensação da população de Lages se dividiu em alegria pela chuva e apreensão pelas suas consequências. Rapidamente, o rio Carahá atingiu um nível maior em alguns pontos e chegou a extravasar. Um dos problemas percebidos nas cheias é o grande volume de resíduos de lixo visíveis na superfície, a exemplo de garrafas pet, bola, caixa de leite, embalagem de marmita, isopor, galão, pneu, pedaços de madeira e até janela e sofá boiando no rio, um descarte irregular.
Entre os pontos em que o nível do rio se elevou e a correnteza era forte estavam nas proximidades do Fórum Nereu Ramos e nos fundos do Terminal Urbano, ambos trechos localizados às margens da avenida Belizário Ramos, e também na altura da rua Rio Grande do Norte, bairro São Cristóvão. A rua Lídio Reis, Centro, perto do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD), dos Correios, passou por alagamento, bem como trechos nos bairros e loteamentos Várzea, Caroba, Popular, Habitação, Preá, Morro Grande, Ipiranga, Dom Daniel, Centro, Araucária, Copacabana, Vila Mariza, Guarujá, Sagrado Coração de Jesus, Penha, Petrópolis, São Luiz, São Sebastião, Maria Luiza, Nadir, Gethal e Passo Fundo.
A Defesa Civil municipal, de prontidão, recebeu diversificados acionamentos com relatos das mais variadas queixas: Inundações e alagamento de vias urbanas, destelhamento em cobertura de edificação e quedas de muro. Não houve pessoas feridas ou necessidade de resgates.
O levantamento da Defesa Civil constatou que 22 bairros foram atingidos; 42 ocorrências foram geradas na base (no Terminal Rodoviário Dom Honorato Piazera); cinco quedas de muro, entre as quais na Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Izidoro Marin, situada no bairro Caroba; um destelhamento; uma ponte danificada e posteriormente isolada pela Defesa Civil na rua do Caqui, bairro Caroba; um registro de local com inundação (extravasamento em frente ao Fórum Nereu Ramos), e 35 locais de alagamento. “A chuva tão aguardada depois de tantos dias, mesmo com a situação de abastecimento controlada no município, porém, motivo de preocupação, ocasionou surpresas desagradáveis a moradores. A Defesa Civil prestou atendimento com rapidez e pontualidade, e todo aparato material e suporte treinado. Vidas foram preservadas, e é isso que mais importa”, avalia o prefeito Antonio Ceron.
O nível da água não foi tão alto a ponto de as pessoas terem de deixar suas casas. “Foram orientadas a manterem o alerta e desligarem as redes de energia elétrica, água e gás, levantar móveis e eletrodomésticos em local seco e seguro. Alguns idosos solicitaram auxílio e nossas equipes se deslocaram para oferecer apoio, conversar e acalmá-los”, lembra o secretário executivo de Defesa Civil, Luiz Henrique de Souza. A Diretoria de Trânsito (Diretran) monitorou pontos críticos e prestou apoio com interdição de pontos perigosos aos motoristas, com cavaletes e cones. O número da Defesa Civil para atendimento a urgências e emergências 24 horas por dia é o (49) 98406-4037.
Previsão para quarta-feira
Esta quarta-feira (10 de junho), de acordo com a previsão meteorológica, deve ser chuvosa durante o dia e a noite, indicando-se 90% de chance de chuva, com acúmulo pluviométrico de 35 milímetros, e temperaturas oscilantes entre 14º e 19º.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Defesa Civil, Diretran e Divulgação
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