Desde a suavidade da pluma e do veludo da celósia até a suntuosidade da árvore angico com flores amarelas de pétalas caídas ao chão
As redes sociais “explodem” entre as curtições, compartilhamentos (reposts), comentários e hashtags em selfies e outras fotos posadas, e grande parte destes registros “bombam” por mostrarem as belezas da natureza em Lages, cultivadas em cenários nitidamente deslumbrantes com a força e delicadeza das cores e formatos. Algumas das beldades são as celósias (espécie celosia argentea) do Largo da Catedral Diocesana, de formas semelhantes a pequenos e charmosos espanadores plumosos e aveludados em tons impregnantes de vermelho, laranja e amarelo. Sentar ao banco ao ar livre com vista para a matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira de Lages, e apreciar as particularidades destas flores, absorvendo a vitamina D destes dias de Sol forte, são boas pedidas para os momentos de lazer ou para aqueles minutinhos rápidos de pausa no expediente.
Suas inflorescências possuem o modelo de plumas, de espigas ou lembram um arranjo de cristas de galo bastante onduladas (resultando daí um de seus nomes populares, crista de galo), com cores vívidas, podendo ser vermelhas, laranjas, amarelas, brancas, ou de vários tons entre o rosa e o violeta. Mais de 50 espécies fazem parte do gênero celósia, mas a pluma é, de longe, a mais conhecida, aliás, tão popular que se subdivide em dois grupos de cultivares, como são chamados os cruzamentos feitos pelo ser humano. No primeiro grupo, cristata, está a crista de galo, com flores parecidas com um leque, com as pontas com textura de veludo. Do outro grupo, plumosa, a pluma é, indiscutivelmente, o principal representante.
As celósias são plantas que podem atingir de 15 centímetros a mais de um metro de altura, dependendo da espécie e cultivar. Algumas cultivares têm folhas avermelhadas.
São plantas relativamente resistentes e são fáceis de cultivar em jardins. As cultivares de menor tamanho são as mais fáceis de cultivar em vasos ou jardineiras.
Em condições adequadas, as celósias florescem cerca de 60 a 90 dias após o plantio. São plantas perenes, tratadas como anuais, pois perdem a sua beleza com o tempo.
As inflorescências da celósia podem ser cortadas e deixadas para secar em um local pouco iluminado, fresco e bem ventilado. Quando cortadas e secadas de modo adequado, as inflorescências podem manter sua bela coloração de algumas semanas a alguns meses.
E aquela árvore maravilhosa na Praça João Ribeiro, o que é?
A árvore gigantesca na Praça João Ribeiro, com suas flores minúsculas e cortesas, em amarelo, não passa despercebida e constitui um enorme círculo de sombra para quem procura recarregar as energias em seus bancos próximos ou para aconchegar as crianças que brincam faceiras por ali, correndo atrás dos pássaros e se divertindo sem pressa. Esta é a canafístula (Peltophorum dubium) ou angico amarelo, uma espécie caducifólia, rústica e de crescimento rápido, e apresenta tolerância e resistência ao clima frio. Com florescimento decorativo, é intensamente utilizada na arborização urbana na América do Sul.
Sua floração é um verdadeiro espetáculo de flores amarelas e compõe um tapete de pétalas no chão. No período de dezembro a março acontece a floração, então, o público poderá contemplar suas flores até o próximo mês em Lages.
Dedicação, ciência e profissionalismo no trato com as plantas
O plantio, cultivo e manutenção destas plantas (flores, arbustos e árvores) nos espaços públicos de Lages são de responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente que, cuidadosamente e dotada de habilidade técnica, estuda espécies adaptáveis às oscilações de clima da Serra Catarinense em experimentos minuciosos, sem deixar de lado o encantamento que estas plantas podem causar aos olhos e às emoções de lageanos e visitantes. As flores, árvores e demais plantas ornamentais são destinadas para as praças, canteiros de avenidas e rótulas urbanas.
As espécies plantadas no Centro atualmente são as chamadas flores de estação ou sazonais, que são trocadas no verão e no inverno. As plantadas atualmente são as de verão (celósia e tagetes).
No sistema de plantio sempre se leva em consideração a necessidade da planta quanto à adubação e também quanto ao local onde são plantadas, se de sombra ou pleno Sol. A adubação em espécies que já estão plantadas se faz necessária somente nas que são perenes e nas árvores. Nas espécies sazonais a adubação é feita a cada estação, quando ocorre a mudança de espécies (inverno e verão).
Uma equipe trabalha na produção das mudas no Horto das Flores, situado no bairro Habitação. “Em cada estação é feita a previsão da quantidade e espécies a serem produzidas, e a época em que terá de ser realizada a troca nos canteiros”, observa a gerente de paisagismo da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, engenheira agrônoma, Danúsia Vieira Sartori. Outra equipe atua nas tarefas de manutenção de todos os espaços públicos.
O setor de paisagismo e jardinagem da Secretaria já iniciou a produção das flores de inverno - amor perfeito, boca de leão, calêndula e petúnia, em substituição às sazonais de verão. Já foi começada a produção de adubo para utilização nos canteiros através da compostagem do material orgânico proveniente das podas, anteriormente passando pelo triturador e aí sim em seguida para o processo biológico (compostagem) - conjunto de técnicas aplicadas para estimular a decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais, formando, assim, um solo com alto teor de matéria orgânica, favorecendo o crescimento das plantas. As espécies perenes e árvores são adquiridas de floriculturas conforme licitação ou por meio direto mediante três orçamentos.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Aline Borba e Toninho Vieira
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