Um autor impregnado de poesia, uma joia rara: Chico faria 85 anos em 13 de agosto de 2025. Suas obras serão eternas, pois o poeta nunca morre, apenas adormece e acorda no paraíso, lembrado para por quem o ama
A gente lê cantando e já dá vontade de sair dançando sem importar onde estiver. Dificilmente existe alguém que não tenha uma boa história, uma passagem engraçada ou uma simples e bonita lembrança com o Chico, uma das pessoas mais queridas que já passaram por este mundo. Quando vinha aquele “bom dia” naquela voz de som forte e potente, a gente já parava o que estava fazendo para dar atenção àquele amigo que visitava os colegas de profissão em seus locais de trabalho espalhados pelo centro de Lages.
Chico chegava quietinho, a passos lentos, meio disfarçado, bem brincalhão, com um baita sorriso no rosto. Com seus cabelinhos brancos, os inseparáveis óculos e as roupas discretas, em tons escuros, bem de senhorzinho mesmo, e a pasta de trabalho a tiracolo. Cumprimentava um por um.
Era amigo verdadeiro, daqueles raros, a quem podíamos confidenciar nossas tristezas, nossas alegrias, e excelente aconselhador. Era amigo de todo tipo de gente, do adolescente ao idoso.
Ele chegava para visitar os amigos nas redações devagarinho, sem pressa, pois geralmente fazia isto às quartas-feiras, um dia depois de a edição do jornal impresso, à época, O Momento estar fechada e já circulando pelas mãos dos leitores nas ruas. Chico estava, portanto, só pela repercussão. Contudo, não menos atento e em alerta, pois o bloquinho e a caneta azul estavam ali a postos, caso Chico precisasse capturar informações, relatar um fato, com aquelas grafia bonita de letras grandes que ele tinha.
Extremamente carinhoso e afetuoso, lembrava dos aniversários dos amigos e os presenteava. Houve ocasiões em que chegava com uma foto em um porta-retrato de surpresa para uma amiga que completava mais uma idade, ou um punhado de salgadinhos de festa em um saquinho de padaria.
Em uma destas demonstrações de apreço, admiração e coleguismo, ele mesmo tirou uma foto de uma colega de trabalho e mandou revelar. Entregou à ela junto a um cartão com dedicatória, e foi além, enviou a foto a um amigo editor-chefe de uma revista de Lages e pediu para publicar a homenagem em uma das páginas dedicada a variedades e datas especiais comemorativas, no aniversário da amiga, a mesma que ganhou de suas mãos um bombom Sonho de Valsa em uma das suas visitas surpresa. E ainda teve o prazer de festejar, ao lado de amigos e parceiros de labuta, os 70 anos de um dos jornais mais tradicionais de Santa Catarina, o Correio Lageano, em outubro de 2009 [primeira edição em 21 de outubro de 1939, pelas vielas de Lages, muito diferente da paisagem urbana atual].
Agradável, leal, generoso, singelo nos gestos e grandioso no bem-querer. Chico gostava de brincar, de zombar, de dar risada e fazer rir. Apreciava se referir às pessoas de acordo com a cidade ou localidade onde os amigos “se criaram”. Um era cerritense, a outra era vacas-gordense. Na réplica ele era o anitense, o lagoa-estivense, mesmo ser realmente ser deste local. Era só para brincar, era para descontrair, tornar os dias mais leves. E com o Chico era mesmo. Permanecia por alguns minutos, se despedia e seguia seu caminho atrás de seus afazeres. Gostava de fazer as coisas a pé, ou se deslocava de ônibus. No ambiente de trabalho, diplomático, disciplinado e respeitador.
Todavia, apesar de todas estas particularidades, e de ser exímio compromissado no que fazia, pessoal e profissionalmente, retilíneo e honesto, Chico é estadualmente conhecido em Santa Catarina por ser o autor de uma música legal, relativamente curta, simples, tradicionalista, e cheia de significado principalmente para Lages. A melodia então... Não tem quem não sinta o estímulo de dançar.
Chico de Assis escreveu o primeiro jingle da história de todas as Festas do Pinhão, a música símbolo da Festa Nacional do Pinhão. Quem não conhece ao menos um trechinho da VERSÃO ORIGINAL?
“Do pinheiro nasceu a pinha,
Da pinha nasceu o pinhão,
Do pinhão nasceu a Festa,
A festa da tradição!
Nessa festa tem churrasco,
Tem cardápio de pinhão,
Tem até torneio de laço,
Tem fandango de galpão!
Tem artista mui guapo,
Gineteada e chimarrão,
Aceite o convite de Lages,
Venha à Festa do Pinhão!”
Um sucesso nas temporadas de outono e inverno quando a Festa do Pinhão é divulgada e também ao longo dos dias em que é desenvolvida. Nas emissoras de rádio e televisão, e, mais recentemente, nas plataformas digitais, o legado de Chico segue sólido e respeitado.
Chico viveu tempo suficiente para ver sua obra alcançar longínquos rincões e se tornar um sucesso lageano, serrano e catarinense.
Chico, um dos eternos presentes de Lages em seus 259 anos de fundação em 2025
Em 22 de novembro de 2025, o município de Lages completará 259 anos de sua fundação, por Antônio Correia Pinto de Macedo - 1766. O poeta Chico de Assis continua no posto de uma das maiores joias já lapidadas por Lages, em Lages.
Festa do Pinhão é para celebrar a amizade, as vitórias de cada um, a vida
“Acredito que seja importante lembrar o lageano de que a Festa do Pinhão nasceu de um grupo de amigos reunidos na Praça, e este espírito deveria ser mantido: Juntos, celebrando, cantando, dançando e, é claro, comendo pinhão.” - Janaina Debacker, filha mais nova de Chico de Assis.
Cantoria e uma panela com pinhões fervendo, rodeada por amigos e boas conversas
A Festa do Pinhão nasceu modestamente, e em clima frio do ano, sem luxo e sem planejamento ou pretensões, com um grupo de amigos no centro da cidade, e em 2025 pretende-se cultuar os moldes do passado - pessoas felizes ao redor de um tacho com pinhão cozido, uma roda de chimarrão, ponche para aquecer o corpo e espantar o frio, e muitas histórias para contar. Em 2025 acontecerá na Praça João Costa, com o Recanto do Pinhão Aracy Paim, 23ª Sapecada da Serra Catarinense e a 31ª Sapecada da Canção Nativa.
Festa tem bem mais do que 35 anos
Começou nos anos 1970, com a humildade e amor pelos amigos, em uma iniciativa do camelô Aracy Paim. Depois se “aprochegou” um violeiro em volta do panelão de pinhão e após um gaiteiro, a esta Festa do Pinhão na Praça João Costa, centro de Lages. E assim a Festa do Pinhão foi crescendo, crescendo, tomando novas proporções e dimensões, até passar de um tímido evento e virar “Festa grande”, e sair do Calçadão em 1986, há 39 anos, para o Parque de Exposições Conta Dinheiro, com apresentações culturais e artísticas em um “lonão” de circo [declamações de poesias e poemas, canto e dança gaúchos], bem como torneios de laço, gineteada e a degustação da rica culinária serrana. Esta transição de endereço/local acontece durante a gestão do então prefeito Paulo Duarte. A partir de 1989, na administração municipal de Raimundo Colombo, a Festa Nacional do Pinhão passa a ter a contagem de edição, a 1ª.
A história de Aracy Paim permanece intacta e protegida por sua família, especialmente pela esposa, à época, do idealizador da Festa, Adelma Paim, professora de História e Estudo Regionais.
Vamos conhecer mais sobre a trajetória de Chico?
Francisco de Assis Nunes, mais conhecido como Chico. Alguns vizinhos mais antigos o chamavam de Seu Assis e seus colegas de profissão carinhosamente o chamavam de Chiquinho.
Anitense de Vila Petri e lageano por 50 anos
Chico era natural de Anita Garibaldi, localidade de Vila Petri, ou como ele gostava de chamar “a melhor terra do mundo”. De seus 79 anos vividos, 50 foram em Lages. Pisou em solo lageano pela primeira vez aos 17 anos de idade.
Privilégio ter Chico no céu
O querido Chico cumpriu sua jornada neste plano terreno em 12 de março de 2020, aos 79 anos. Partiu fisicamente em março. Faria 80 anos em agosto daquele ano, no dia 13, dois dias antes do Dia da Padroeira de Lages, Nossa Senhora dos Prazeres (15 de agosto). Mudou de casa [da física para a espiritual] em paz, lúcido, ativo, produtivo, faceiro e apaixonado pela vida. O plano espiritual recebeu um pessoa boa, que só fez o bem na Terra e distribuía boas energias e otimismo à família e amigos.
Um ótimo pai e protetor da família
Chico morava no bairro Penha com a sua família - esposa Irene, filha Janaina e o genro. É pai de cinco filhos - Janaina, engenheira ambiental; Eduardo, desenvolvedor de software; Leila, agente de serviços gerais; Leoni, manicure, e Luís, aposentado. Sua parceria de vida, Irene Debacker, hoje com 69 anos, é natural de Pouso Redondo.
61 anos de carreira - Desde os 18 anos na comunicação - Das lidas da roça para os dons de se comunicar e informar
Quando jovem, Chico auxiliava seu pai nas lidas do campo onde moravam. Já adulto iniciou na comunicação, seu sonho de guri. Chico iniciou na área com 18 anos de idade, e atuou ao longo de 61 anos.
Um homem “viajado”
Até adulto, Chico residiu em Anita Garibaldi; um tempo em Jundiaí (SP), onde estudou na Academia Nacional de Rádio e Televisão. Voltou a Lages, depois viveu alguns anos em Taió e retornou para Lages.
Caminhada começa como apresentador e locutor de rádio e envereda para o jornalismo escrito
Sua carreira iniciou no rádio, depois passou ao jornal impresso. Trabalhou na Rádio Difusora de Lages, como apresentador e locutor comercial por 13 anos. Após este período trabalhou na Rádio Clube, por oito anos.
A transição da máquina de escrever para o computador
Foi redator do jornal O Planalto e gerente de emissora no Sistema Catarinense de Comunicações (SCC). Neste, por cinco anos. Depois foi trabalhar no jornal A Notícia, em 1988 - sucursal Lages. Por dez anos manteve uma coluna semanal com crônicas direcionadas ao estilo gaucho. Trabalhou ainda, como repórter, no jornal Correio Lageano, por 12 anos. Após uma pausa, voltou a trabalhar no jornal O Momento, do qual já havia saído há nove anos. Por último, em resumo, trabalhou no jornal O Momento, por oito anos. Em 2020, Chico estava aposentado há nove anos.
Chico pôde aproveitar a dádiva de vivenciar experiências ímpares, como a migração tecnológica dos mecanismos de trabalho em operações e estúdios de rádio e em redações de jornais. Sentiu na pele a substituição do barulho dos toques rápidos nas teclas da máquina de escrever pelo toque suave e silencioso do teclado do computador. O que antes era visível no papel, agora aparece claramente na tela de uma máquina inteiramente eletrônica e com inteligência digital. Passa a ter as facilidades de um ofício mais modernizado e inovador.
Personalidades fortes de esferas distintas da sociedade
Em sua jornada na comunicação, Chico entrevistou grandes nomes de perspectivas da política, administração, economia, ciências, artística. Entre as quais, Luiz Inácio Lula da Silva; senadores; deputados federais; deputados estaduais; governadores do Estado de Santa Catarina; vários prefeitos de Lages e de municípios da Serra Catarinense e de Santa Catarina; vereadores, e cantores, grupos e bandas na Festa Nacional do Pinhão. E uma curiosidade: Chico entrevistou militares das Forças Armadas (Exército) quando o Brasil estava sob o regime militar [1964 - 1985], a exemplo de general.
O amante da arte das letras
Chico alimentava paixão pela escrita, escreveu muitos causos durante a carreira, em especial para as edições especiais dos jornais sobre a Festa do Pinhão. Para ilustrar, o causo “Nossa Lages”, com abordagem do jeito simples de viver, fogo de chão, pecuária, cavalo, cavalgada, baile, candeeiro, carreirada, cancha reta, rodeio, tropeiro, peteca, bocha, amizade, fé e bondade. O causo "Gaudério domador" também está em seu acervo. O causo Nossa Lages pode ser lido na íntegra na Galeria de Imagens desta matéria.
Mesmo nas horas de descanso, as letras não saíam da mente
A paixão pela escrita e pelas palavras era forte mesmo nas horas de folga para o Chico. Lia muito, jornais, revistas, sites, o que pudesse trazer informação. Gostava de assistir noticiários e também tinha mais uma paixão: Esporte. Não praticava, mas assistia todos que pudesse.
Título de Cidadão Lageano e tantas honrarias e homenagens
Chico era um ícone da sociedade de Lages, personalidade famosa na comunidade. E, como reconhecimento aos seus feitos e serviços prestados, recebeu, da Câmara de Vereadores, o Título de Cidadão Lageano, em 2014.
Sete anos antes, em 2007, foi agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito, também do Poder Legislativo de Lages. No mesmo ano, Chico teve sua atuação profissional reconhecida com o Certificado de Honra ao Mérito, concedido pela Câmara de Vereadores de Otacílio Costa. Mais recentemente, em 2017, a Associação Catarinense de Imprensa (ACI) - Casa do Jornalista confere a Chico o Diploma de Reconhecimento e Honra ao Mérito “pelo exercício permanente da atividade profissional com ética, dignidade, e espírito público por mais de 50 anos.”
Chico amava o tradicionalismo. Era fã número 1 do Porca Véia. Festa do Pinhão era seu xodó
“Embora não usasse pilcha, ele amava o tradicionalismo, era fã nº: 1 do Porca Véia. Meu pai tinha orgulho, contava para as pessoas com alegria sobre este trabalho dele. Ele gostava de ir na Festa, mas gostava ainda mais do Recanto e da Sapecada.”
“Gostador” de café preto, um amigo fiel nas manhãs, fins de tarde e noites de frio
“O pai tomava chimarrão, mas não amava. Amava mesmo café preto”, conta Janaina, sorrindo ao reviver os hábitos do pai.
Como seu pai enxergava a vida?
“De forma muito leve e reconhecendo a brevidade dela. ‘Me’ ensinou a aproveitar os momentos, com responsabilidade, mas não deixar de fazer algo, de viajar, de comer algo que gostava. Para ele a vida devia ser vivida, de fato”, lembra a filha de Chico, Janaina Debacker.
Um dos personagens de mérito da Festa Nacional do Pinhão e emblema do Município, Toninho Vieira, lembra de Chico com consideração
“Nestas mais de quatro décadas de trabalho dedicados à comunidade lageana, como servidor público da Prefeitura de Lages nas funções de fotógrafo e cerimonialista, a gente conhece uma infinidade de pessoas, estreita laços profissionais, constrói amizades genuínas. Nosso querido Chico de Assis foi mais do que um colega de área de atuação, estava sempre junto de nós nas ‘peleias’ da vida. Humilde, risonho, de bem com a vida. Difícil vê-lo triste, cabisbaixo, irritado, preocupado. Pauta dada era matéria resolvida. Nossa relação ultrapassou as quatro paredes da sala de trabalho, da empresa ou instituição, se estendeu para a vida familiar, social, às confraternizações, conquistas festejadas. Mais de 40 Festas do Pinhão vividas, muito trabalho sobre os ombros. Vimos Lages progredir dia após dia. Tantas transformações. Chico era uma pessoa legal de se estar perto, tinha boas histórias para compartilhar, era um acervo de grandes sucessos. Sentimos saudades das suas visitas, das suas conversas, da sua companhia sincera. É uma daquelas pessoas impossíveis de esquecer.” - Antonio Agostinho Vieira [Toninho Vieira].
O destino usou o trabalho como instrumento de união entre Chico e Toninho, e disto uma amizade sólida nasceu e frutificou. Chico auxiliava Toninho ao redigir textos das solenidades de abertura de edições da Festa Nacional do Pinhão. Seu floreio embelezava os cerimoniais e davam aquele gostinho da “cereja do bolo”. “Ninguém é nada sozinho. Ao longo da vida conhecemos pessoas que deixam um pouco de si na gente e levam um pouco de nós consigo. A Festa do Pinhão não seria a mesma sem a obra de Chico. Ele passou por este mundo e deixou sua marca”, sintetiza Toninho.
Mobilização para ser homenageado com nome de rua
Por uma iniciativa espontânea e popular de seletos amigos de Chico, entre os quais, o assessor de imprensa da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), jornalista Onéris Lopes, existe uma ideia de nomear alguma nova via urbana projetada no município de Lages como Rua Francisco de Assis Nunes.
Aniversário de 31 anos do jingle da Festa Nacional do Pinhão
O jingle “Do pinheiro nasceu a pinha” foi escrito por Chico de Assis em 1991. Em 2025 completa seus 34 anos, junto a 35ª Festa Nacional do Pinhão - Edição Raízes [Tradição que se renova em Festa], um dos maiores eventos históricos, culturais, artísticos, folclóricos e gastronômicos da região Sul do Brasil, a ser realizado pela Prefeitura de Lages de 6 a 22 de junho no Calçadão da Praça João Costa e no Estádio Municipal Vidal Ramos Júnior, programação à qual estão incluídas a 23ª Sapecada da Serra Catarinense e a 31ª Sapecada da Canção Nativa, um dos maiores festivais de música nativista do Sul do país.
Chico compôs o jingle sozinho, de improviso, no tempo recorde de 15 minutos. O contexto deste episódio de alta criatividade à composição, que marcaria para sempre o coração dos lageanos, visitantes vizinhos e turistas, compreende a fonte de inspiração dos ricos elementos da natureza gelada da Serra nas estações frias - pinheiro, pinha, pinhão, “sapecada” de pinhão na grimpa, paçoca de pinhão, chimarrão bem cevado, fandango de galpão, artistas no palco -, da festividade e das características do lageano em ser povo hospitaleiro. A filha Janaina Debacker lembra as palavras do pai: “Segundo o pai contava, em 15 minutos rascunhou a letra, a pedido da senhora Graziela Maines, então assessora de impressa da Prefeitura de Lages, pois em uma conversa comentou que buscavam uma forma de divulgação, e surgiu a ideia do jingle.”
A melodia foi registrada pelo produtor musical, arranjador, multi instrumentista e cantor, Daniel Dante Finardi. Porém, a melodia foi criada por um estúdio de São Paulo, hoje em dia extinto.
Colaborador das produções de resgate e preservação da história da Festa
Sempre procurado pelos meios de comunicação para contar e recontar sua relação com a Festa Nacional do Pinhão. Nunca envergou de atender a um pedido. Na obra audiovisual intitulada “Memórias Lageanas” - Episódio 4 (Festa do Pinhão - parte 1), do jornalista, produtor audiovisual, cineasta e professor universitário, Fernando Leão, divulgada na Internet há três anos, vale ressaltar a extração do trecho: “Amigo saudoso Chico de Assis, uma pessoa fabulosa, que tinha sempre muitas histórias ‘pra’ contar e nos ajudou demais em várias coisas que diziam respeito às produções audiovisuais. Os meus alunos, por exemplo, em 2005, com a Lenda da Serpente do Tanque, colocaram Chico de narrador, e foi muito interessante vê-lo naquela posição. E também, depois, 2009, Chico participou do documentário sobre Nereu Ramos. Então, em homenagem ao Chico, deixamos aqui uma bela lembrança, feita pelos alunos lá em 2009, no curso de jornalismo da Facvest, na disciplina que ministrei pra eles.” - Fernando Leão. O especialista refere-se ao documentário O Chão da Minha Terra - A vida de Nereu Ramos, de 2009.
O projeto Memórias Lageanas possui 12 episódios e parte de arquivos que vão desde fitas K7, fitas VHS [Video Home System], livros [literatura] e outros mais, trabalhando as histórias de Lages a partir destas memórias registradas em algum suporte.
Fernando Leão, um batalhador pela manutenção da cultura lageana e da Serra
Jornalista, produtor audiovisual, cineasta e professor universitário, Fernando Leão, atuou como professor nos cursos de Comunicação Social - Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. Ministrou disciplinas como Telejornalismo e Produção Audiovisual. Trabalhou, aliás, como orientador de projetos de conclusão de curso e vídeo documentários. Um deles, A Lenda da Serpente do Tanque, ganhou o Troféu Galgo de Ouro, no Festival de Cinema Universitário de Gramado, em 2005.
Ainda sobre O Chão da Minha Terra - A vida de Nereu Ramos, na sequência do depoimento de Leão, Chico então lembra como foi a história do jingle.
Jingle: Leia esta relíquia, na própria visão de Chico
A narração pelo próprio Chico: “Ele foi feito em 1991. A letra daquele jingle é um improviso, feito em 15 minutos, e que deu certo. Eu fiz a letra a pedido da nossa colega jornalista, Graziela Maines, que foi por longo tempo assessora de imprensa da Uniplac, e a Graziela Maines era assessora de imprensa da prefeitura. Aí ela me disse: ‘Nós precisamos fazer um jingle ‘pra’ Festa, só que nós não temos dinheiro, o orçamento não dá ‘pra’ nós pagarmos isso, não tem. Faça uma letra.’ Eu disse a ela que eu não sou poeta, e de fato não sou, né?! Daí ela disse: ‘Não, mas você gosta de escrever, tente escrever alguma coisa aí.’ Aí foi que eu tentei escrever, deu certo, ela pegou a letra, disse que ia levar ao prefeito. Eu ainda brinquei com ela: ‘Não leve’, porque eu achei que não era legal, não era ‘a’ letra. Ela levou, o prefeito aprovou.”
Se você quer matar um pouquinho da saudade e relembrar a voz potente e inconfundível do querido, simpático e amável Chico, basta acessar a obra Memórias Lageanas no YouTube.
Direitos autorais sobre a obra
O jingle é de autoria de Chico de Assis, devidamente registrada em cartório. Existe um contrato que permite o uso pela Prefeitura de Lages nesta edição da Festa. A Prefeitura de Lages tem os direitos de uso para 2025.
O que Chico dizia às pessoas sobre o jingle?
“Ele costumava comentar de onde veio, como escreveu e por que foi escrito, sempre de forma humilde, dizendo que foi uma forma de contribuir para a Festa”, recorda-se do pai, com carinho, a filha Janaina.
E a família, como vê a repercussão do jingle a cada edição da Festa até hoje?
“É uma alegria muito grande, um pedacinho dele que revive junto com a Festa. Como já citei, ele falava de forma muito humilde sobre o assunto, mas sabendo a história de vida dele, a carreira, tudo que passou, ver que uma obra dele representa a maior festa da cidade, são uma honra e um orgulho enormes.” - Filha Janaina
Rainha da Festa canta o jingle em 2025
Sobre a rainha da 35ª Festa Nacional do Pinhão, Amanda Aparecida Bianchini Moraes Bianchini, emprestar sua voz ao interpretar o jingle em 2025 em uma versão feminina, para a filha de Chico, Janaina, “foi uma escolha perfeita. A interpretação da Amanda ficou linda e dá espaço para a representatividade feminina.”
Neste ano, o jingle passou por uma adaptação em determinado trecho: Em vez de “Aceite o convite de Lages, vem ‘pra’ Festa do Pinhão”, canta-se “A tradição que se renova em Festa, vem ‘pra’ Festa do Pinhão”, justamente na alusão ao retorno às origens de enobrecimento e envaidecimento ao tradicionalismo. No passado, 12 anos atrás, o final era: “É quando a Serra vira festa, vem ‘pra’ Festa do Pinhão.”
Jingle “Do pinheiro nasceu a pinha...” tem de dez a 15 versões, mais de 50 músicos engajados e número superior a 15 artistas intérpretes
O produtor musical Daniel Finardi entrou para a história do jingle da Festa Nacional do Pinhão nos anos 2000, em que o intérprete era César Oliveira [da dupla nativista César Oliveira & Rogério Melo], além de som de gaita, violão e contrabaixo no arranjo desta versão. Acredita-se que o jingle da Festa já possuiu de dez a 15 versões.
E houve o envolvimento de mais de 50 músicos em todas estas produções [em mais de 20 anos, desde os anos 2000]. Entre intérpretes, passaram de 15 ao longo de todo este tempo. Por exemplo, na versão de 2025 cinco pessoas estão no canto - Daniel Finardi, a rainha Amanda Bianchini Moraes, Cris Chardozino, Adriano Possai e Lucas Soares.
Um novo jingle e as adaptações em ambos
O primeiro jingle da história da Festa Nacional do Pinhão foi composto por Chico de Assis, em 1991 - “Do pinheiro nasceu a pinha, da pinha nasceu o pinhão...”, gravado por vários artistas, aos quais está inclusa a dupla nativista, César Oliveira & Rogério Melo.
O jingle de autoria de Chico permaneceu como o único até o ano de 1993 e consiste no mais utilizado. A mais recente interpretação, em 2025, na voz da rainha da 35ª Festa Nacional do Pinhão, Amanda Aparecida Moraes Bianchini.
A versão mais conhecida é [em negrito, os trechos adaptados]:
“Do pinheiro nasceu a pinha, da pinha nasceu o pinhão. Do pinhão nasceu a Festa, a Festa da tradição. Nessa Festa tem churrasco, tem paçoca de pinhão, chimarrão bem cevado e fandango de galpão. Tem artistas no palco, Sapecada da Canção, aceite o convite de Lages, vem ‘pra’ Festa do Pinhão.”
No ano de 1993 [há 32 anos] foi criado o segundo jingle, que possui o trecho “No Planalto Serrano acendeu-se uma fogueira; o pinhão está na brasa e a água na chaleira, preparando a maior Festa desta terra hospitaleira...”, de autoria de três pessoas bem conhecidas no panorama cultural catarinense - cantor, compositor e violonista, o fundador e vocalista do Grupo Expresso Rural, Daniel Lucena, e o cantor, compositor, violonista e produtor musical, membro fundador do Expresso Rural, Volnei Varaschin, e co-autoria de Flávio Agustini, profissional com praticamente meio século [45 anos] de expertise em eventos e 32 anos de conhecimento e experiência em turismo em Santa Catarina. Este jingle foi interpretado [gravado] pela voz do artista Cascão e Grupo Gaitaço. Melodia de Daniel Lucena e Volnei Varaschin. Daniele Lucena faleceu em 16 de dezembro de 2020, aos 60 anos. Cascão ainda teria interpretado outro jingle: “Vem, vem, vem, vem ‘pra’ Festa do Pinhão...”, nos primeiros discos da Sapecada da Canção Nativa.
Nostalgia e orgulho. “A Festa do Pinhão foi construída a várias mãos ao longo do tempo. Muitas pessoas passaram por ela e deram sua contribuição, inclusive ao jingle, que teve toda esta evolução. Daniel Lucena é o nosso maior poeta, e que tem músicas belíssimas, como Princesa da Serra [música e letra]. Quanto à homenagem ao Chico, é mais do que justa, porque ele com seguiu sintetizar, no primeiro jingle, o que é a Festa do Pinhão. Os jingles elevam as coisas mais lindas da nossa terra, lembradas, por exemplo, na Sapecada da Cação Nativa, um festival que nasceu ‘pra’ ser grande”, avalia o diretor de Turismo da Secretaria da Indústria, Comércio e Inovação de Lages.
Flávio detém um amplo know-how em turismo e grandes eventos. No período de 1993 a 2000 participou da Sapecada da Canção Nativa, ajudando a fundar este que é um dos maiores festivais de música nativista do Sul do Brasil, assim como cooperou ao surgimento da Sapecada Regional, esta criada em 1995 [atualmente, Sapecada da Serra]. Flávio esteve à frente também de duas edições da “Sapecadinha”.
Jingle “No Planalto Serrano acendeu-se uma fogueira...”
“No Planalto Serrano
Acendeu-se uma fogueira
O pinhão está na brasa
E a água na chaleira
Preparando a maior festa desta terra hospitaleira
É mais uma Festa do Pinhão
Vai ter chula, gineteada e chimarrão
Muito show, boa comida
Sapecada da Canção, trago alegria e vanerão
Venha para a Festa do Pinhão
Tem churrasco e fandango de galpão
Uma acordeona faceira
Esquentando o coração
Preservando a natureza
E a tradição”
Fusão dos dois jingles
Após todas estas passagens do tempo e páginas reais da história escritas, houve uma junção/fusão destes dois jingles, feita pelo produtor musical Daniel Finardi, do Estúdio Olho da Lua.
Existe uma versão exclusiva feita em 2013. Nesta constava a música “Do Planalto Serrano...” [participante de uma das Sapecadas]. Com um minuto de duração, esta versão de 2013 continha, na sequência, “Do pinheiro nasceu a pinha...”, e seu final foi modificado para “É quando a Serra vira festa, vem ‘pra’ Festa do Pinhão”.
Paulinho Guazzelli: Verdadeiro guardião e vigilante das riquezas intangíveis da Festa do Pinhão e de Lages
Com ele não tem tempo feio. O sorriso é largo. O “bom dia” é sincero e otimista. A risada a gente conhece de longe. Os olhos apertados ao sorrir esbanjam bom humor. Ele é religioso, homem de fé. Sempre coloca Deus em suas palavras. Arrisca-se nas redes sociais. É influencer. Não para nem por um segundo. Esta é uma daquelas pessoas que cativam facilmente. Quando você percebe, Paulinho já lhe conquistou.
Personalidade amada por Lages por sua simpatia, carisma e benevolência. Não tem quem não goste do Paulinho. Parece aqueles guris “de antigamente”, dos sítios, risonhos, pacatos, felizes com o simples da vida. Quem nunca foi em um baile de festa de igreja no interior dançar no fim de tarde ao som de “Debulhando Pinha”, do grupo Chimango? Letra de Coronel Zauri Tiarajú de Castro e melodia de Pedro Valdéras.
Ele veste a bombacha, abotoa a camisa, calça as botas campeiras, amarra o lenço e põe a boina sobre os cabelos para afugentar o frio “das Lages”. Pronto! Agora ele é ele. Sai de tudo dos botões de sua gaita. Do som do trem vindo ao clássico Gritos de Liberdade, do barulho do pica-pau a Batendo Água. Quando você menos espera, Paulinho está na praia, de bermuda, chinelo e gaita nos ombros. Pode apostar, o que você pedir, ele vai saber tocar.
Sem sombra de dúvidas, Paulinho é um apaixonado e defensor nato da cultura lageana, serrana e gaúcha. Ao mesmo tempo em que, claro, protege com unhas e dentes a nossa Festa Nacional do Pinhão. Paulo Henrique Guasselli de Souza é servidor público efetivo da Prefeitura de Lages há 17 anos e atualmente trabalha no Museu Histórico Thiago de castro (MHTC). Roda o território urbano e rural do município “largando grimpa e lenha no fogo” para que não se apague a chama da preservação dos costumes e riquezas intangíveis de Lages.
O compositor, gaiteiro, cantor e jornalista lageano, Paulinho Guazzelli, é músico há 28 anos. Ou seja, mais da metade da sua vida dedicada à música e à tradição, já que 2025 é o ano em que completa seus 45 anos.
Sua primeira apresentação em público aconteceu aos 15 anos de idade e logo em seguida, em 1997, com 17, integrante do grupo Chimango, começava a viajar para Florianópolis com o intuito de protagonizar e participar de exibições nos compromissos de lançamentos [divulgações] da Festa Nacional Pinhão, e da mesma maneira viajava com o grupo Entrevero Serrano, de 2000 até por volta de 2008, com a finalidade de divulgar a edição da Festa daquele respectivo ano.
Posteriormente, em 2017, viajava com o cantor Lucas Soares, quando Paulinho Guazzelli retornou do Rio Grande do Sul depois de uma licença profissional de dois anos. Após, firmou parceria com Victor Colombo.
Em 2024, com o músico lageano Adriano Athayde, que mora na capital catarinense. E, em 2025, com a cantora e violonista Ana Learth, sua namorada há seis meses. Pela primeira vez, o evento do concurso de escolha da realeza da Festa Nacional do Pinhão teve em sua sonoplastia a beleza de uma voz feminina ao vivo, a de Ana Learth, embalando candidatas e público espectador. “Na ocasião houve o resgate do jingle ‘Do Planalto Serrano...’ e foi interpretado também o jingle de Chico de Assis”, recorda o artista tradicionalista. O casal se apresentará junto no Recanto do Pinhão em 10 de junho, a partir das 18h30min.
Além disto, Paulinho está sempre convidado para fazer parte de gravações audiovisuais de homenagens e promocionais da Festa do Pinhão, por parte de empresas de comunicação, prontamente atendendo ao chamado em nome da história da cidade e para levar a toda Santa Catarina os potenciais da região como uma mola propulsora ao interesse e curiosidade de turistas em visitar o evento.
Este talentoso artista lageano tem uma agenda extremamente cheia durante as estações de frio em resorts, hotéis boutique e hotéis fazenda, principalmente na região de Painel e Coxilha Rica. Anima e aquece o coração dos turistas à beira da lareira e durante jantares especiais em que a estrela entre os ingredientes é o pinhão. Vinho, canto e dança para tornar as noites indescritíveis e deixar as pessoas com vontade de voltar no próximo inverno. É trenzinho, é quadrilha, é todo mundo cantando junto com ele, é um verdadeiro animador. A música é comemoração nas horas de felicidade; a cura nas horas complicadas.
Os aplausos são espontâneos, os pedidos de “bis”, mais ainda. “A gente leva o jingle a muitos cantos de Lages, Serra e de Santa Catarina desde a adolescência. É um prazer imenso. Eu ‘me’ criei neste universo do tradicionalismo. Não me vejo fazendo outra coisa, a não ser música e comunicação. Poder me expressar com liberdade de dizer o que penso através das estrofes me encanta, me realiza, me faz renascer a cada dia. É a minha vida. É o ar que eu respiro. Toco e canto com o maior amor que um artista pode ter por sua arte e por sua terra. Amo a Festa do Pinhão. Amo você, Lages.”
Paulinho Guazzelli está realizando um trabalho de seu curso de mestrado com crianças, em que “cantamos músicas das Sapecadas, que também são temas da Semana de Museus”. [Lages integrou a 23ª edição da Semana Nacional de Museus, de 13 a 23 de maio de 2025].
O artista Paulinho também é nome certo na hora de se escolher um artista para agitar a tarde de crianças e idosos em matinês, bailinhos, tardes dançantes e festinhas, sobretudo nas juninas, e em datas comemorativas, a exemplo do Dia das Mães em lugares refinados, como vinícolas.
O músico Guazzelli abriu as portas para Paulinho na música em Lages, convidando-o para tocar nos hotéis fazenda de turismo rural e o primeiro show na Festa do Pinhão, em 1994.
Sua filha, Yasmin segue os passos do pai, inspirada no êxito da carreira de Paulinho. A jovem de 17 anos toca violão e violino. Já foi aluna da Escola de Artes Elionir Camargo Martins, da Fundação Cultural de Lages (FCL) e atualmente tem aulas de lira na Escola de Educação Básica (E.E.B.) Nossa Senhora do Rosário, bairro Coral.
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Opinião a respeito das novas roupagens da Festa Nacional do Pinhão para gerar maior sensação de pertencimento ao lageano
“Acredito que foi uma escolha bastante acertada. Sabendo como a Festa nasceu, no Calçadão com amigos reunidos, buscar suas raízes é buscar a raiz do lageano também”, avalia Janaina.
Inovação com o resgate das tradições, costumes e hábitos serranos com a ousadia de iniciativas estudadas, planejadas e executadas com responsabilidade e preocupação com o bem-estar das pessoas. Entre as novidades da Festa Nacional do Pinhão 2025 estão:
- Concurso Realeza Mirim em 17 de maio, às 14h, no Mercado Público Municipal Osvaldo Uncini, com eleição da rainha mirim, 1ª princesa e 2ª princesa, dando oportunidade à participação de meninas na faixa de seis a nove anos de idade;
- Cinco shows nacionais gratuitos, com famosos nomes do panorama musical brasileiro, no Estádio Municipal Vidal Ramos Júnior;
- Programação do Recanto do Pinhão Aracy Paim de 6 a 22 de junho, ou seja, roteiro mais extenso e de reverência aos talentos locais e regionais;
- 23ª Sapecada da Serra Catarinense e 31ª Sapecada da Canção Nativa realizadas no Recanto do Pinhão Aracy Paim, bem no coração da cidade e com mais holofotes;
- A voz feminina, da rainha da Festa, a empresária e cantora Amanda Bianchini, no jingle oficial do evento;
- A cor lilás nos trajes da realeza, em alusão à feminilidade e combate à violência contra a mulher;
- Valorização de matérias-primas características da Serra de Santa Catarina nos trajes da rainha e princesas, como a lã de ovelha, e elementos da natureza - pinhão, árvore araucária e flores, bordados nos trajes da realeza;
- Bordados de araucária no lado esquerdo do peito, no coração da rainha e princesas, simbolizando o amor dos lageanos pela sua maior Festa;
- Novo casal de mascotes Gralhas Azuis com uma estética mais jovem, um design infantil, que valorizam a modernidade e a tecnologia. Uma criação em parceria com o Grupo de Comunicação SCC, e
- Parcerias firmadas para apresentações musicais de renome nacional no CentroSerra Convention Center
A 35ª Festa Nacional do Pinhão será realizada pela Prefeitura de Lages de 6 a 22 de junho na Praça João Costa e Estádio Municipal Vidal Ramos Júnior. Com 69 atrações tradicionalistas no Recanto do Pinhão Aracy Paim, 23ª Sapecada da Serra Catarinense, 31ª Sapecada da Canção Nativa e cinco shows nacionais - Guilherme & Benuto, Fernando & Sorocaba, Dazaranha e Ondastral, Yasmin Santos e Corpo & Alma, e DJ Ali_live, DJ residente abrindo todas as cinco datas, bem como haverá apresentações paralelas no Mercado Público Municipal Osvaldo Uncini e com parceiros, como o CentroSerra Convention Center, promotor de espetáculos em três datas - A partir de 22h - Danilo e Davi, em 13 de junho; Pixote no dia 18 de junho, e DJs Albino, Petroski, Sanchezz e Bololo em 20 de junho. Realização: CentroSerra; Produção: Gabriel Matos, e Promoção exclusiva: Band FM Lages.
Criatividade, talento, técnica, harmonia e valorização do pinhão em concurso de pratos típicos e incentivo econômico em concurso às lojas
O Concurso Gastronômico, promovido pela Prefeitura de Lages, será em 12 de junho, e enaltecerá o pinhão como o seu ingrediente “estrela”, e o Concurso de Vitrines, organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lages, terá suas avaliações de 6 a 20 de junho, com reconhecimento à motivação, desempenho e resultado da montagem de vitrines temáticas das lojas de Lages.
Seu desejo de uma Festa contente?
“O dom de lidar com as palavras era do meu pai, mas sendo breve, falo aqui apenas meu desejo de que todos conheçam, compareçam e aproveitem ao máximo este momento festivo em nossa cidade.” - Janaina Debacker
“A grande alegria é você ouvir o povo cantando. Eu fiz essa música com uma só intenção: Colaborar com a Festa da minha, da nossa terra.” - Saudoso Chico de Assis, na obra audiovisual “Memórias Lageanas - Festa do Pinhão”
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos e reproduções: Arquivo pessoal cedido pela família/Divulgação e Nilton Wolff
Foto Aracy Paim: Arquivo pessoal cedido pela família/Divulgação [com produção de arte]
Arte [edição - dupla exposição] letras jingles: Fábio Pavan
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