No Dia dos Pais, cidade homenageia seu fundador, Antônio Correia Pinto de Macedo, reconhecido como pai simbólico de Lages por sua missão de povoar e estabelecer a vila há mais de dois séculos.
Neste Dia dos Pais, enquanto tantas famílias celebram a presença, a proteção e o legado daqueles que plantaram as raízes da vida, Lages também presta sua homenagem a um pai especial: Antônio Correia Pinto de Macedo, o homem que aceitou a missão de dar início a esta cidade, povoá-la e fazê-la florescer sob a proteção de Nossa Senhora dos Prazeres.
Foi ele quem, com coragem e fé, partiu de São Paulo em 1766 atendendo à ordem do Morgado de Mateus, Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, Governador da Capitania. A missão era grandiosa: fundar uma vila nos Campos das Lajes, território até então vasto, silencioso e estratégico entre o sul e o sudeste do país. Era necessário mais do que bravura: era preciso ter o espírito de um pai.
Chegando aos campos em 22 de novembro de 1766, Correia Pinto tentou, como tantos pais, encontrar o melhor lugar para criar sua “família”, a nova comunidade. Enfrentou obstáculos, mudanças de percurso, enchentes e escassez de materiais, mas não recuou. Persistiu. Tentou aqui, tentou ali, até que, próximo ao Rio Caveiras, fincou os alicerces que dariam origem à cidade que conhecemos hoje.
Cinco anos depois, no dia 22 de maio de 1771, com as primeiras autoridades eleitas e as atas lavradas, nascia oficialmente a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres das Lajes. Um marco de fundação que é também um símbolo de perseverança e de compromisso com um futuro que, naquele tempo, ainda era só esperança.
O gesto de Correia Pinto não foi apenas político ou administrativo. Foi um ato de paternidade simbólica. Ele não apenas traçou mapas e ergueu estruturas, ele sonhou um lugar possível, acolhedor, forte e devoto. Um lugar onde as próximas gerações pudessem nascer, crescer e se orgulhar. Foi um pai da cidade no sentido mais nobre da palavra: o que protege, guia, e deixa herança.
Hoje, com 254 anos da fundação da vila e quase 259 anos da chegada do fundador, a história escrita por esse homem segue viva nos documentos preservados pelo Museu Histórico Thiago de Castro e, principalmente, no coração de cada lageano e lageana que reconhece a importância de honrar o passado para construir o futuro.
Neste Dia dos Pais, Lages reverencia não só os pais de carne e osso que habitam seus lares, mas também aquele que plantou o primeiro sonho, que lançou os olhos sobre os campos e os viu como possibilidade. Antônio Correia Pinto, o pai de Lages, para sempre lembrado, para sempre presente.
Texto: Rafael Araldi
Fotos: Fábio Pavan
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