Cinco cães acolhidos pelo Centro de Bem-Estar Animal de Lages (Cobea) ganharam um novo lar na feira de adoção realizada no último sábado (13 de setembro) no parque Jonas Ramos, o Tanque. Entre eles estavam três animais com deficiência e todos eles foram adotados
O sábado de muito sol e clima ameno foi o convite perfeito para dar uma volta no Tanque. Entre o parquinho cheio de crianças, quadras lotadas para a prática de esporte e a fila para dar passear no “pedalinho”, estava um cercado bem movimentado. Eram os 15 cães acolhidos pelo Cobea e que foram levados ao parque na esperança de encontrarem um novo lar.
Bandanas e lacinhos completavam os looks dos animais, todos ansiosos para ter uma nova família. A iniciativa do Cobea está em consonância com as medidas para a proteção animal no Município, seguindo as premissas da prefeita Carmen Zanotto e a cada animal adotado tem-se a certeza de que a população está mais consciente. “Estamos construindo um legado para a causa animal em Lages e, desde o início do ano, as equipes do Cobea trabalham para viabilizar ações de educação nas escolas, mutirões de castração e feiras de adoção. Hoje com estes cinco cães adotados, sendo que três deles apresentam alguma deficiência física, demonstra que o trabalho de conscientização está funcionando e o amor que esses animais nos oferecem ultrapassa qualquer barreira”, comemora a prefeita Carmen.
O trabalho do Cobea vai além do recolhimento dos animais e as feiras de adoção são mais uma ferramenta que o município disponibiliza. “É gratificante ver a recuperação desses animais e a nova oportunidade que ganharam. A maioria deles chegou aqui debilitado, com doenças. Foram tratados e agora têm um novo lar, porém nosso trabalho não para, seguimos com lotação máxima no Cobea e continuamos com as ações de incentivo à adoção e as conscientizações contra o abandono”, explica a coordenadora executiva de Bem-Estar Animal, Geanice Iedo.
Tripé agora chama-se Smoke e tem um novo lar
Todos os animais adotados são adultos e cada um carrega uma história de abandono e sofrimento que, a partir de agora, é página virada e um novo capítulo começa a ser escrito. É o caso do pitbull Tripé, assim batizado pela equipe do Cobea por não ter uma das patas dianteiras.
Vítima de maus-tratos e resgatado por uma protetora, Geanice conta que ele chegou no Cobea em fevereiro deste ano em grave estado de fraqueza e abaixo do peso (caquético), com escabiose (a popular sarna) e com uma fratura exposta que levou a amputação de uma das patas. Disponível para adoção há cerca de seis meses, Tripé tem aproximadamente um ano e meio e é um cão dócil com as pessoas e também com outros animais.
Passeando pelo Tanque com seus outros dois cachorros, o casal de namorados Arthur Cevey de Oliveira e Mickhaela Stefenon Martinez, deparou-se com a feira de adoção do Cobea e, sem intenção nenhuma de adotar, foi amor à primeira vista pelo pitbull de três patas que agora chama-se Smoke, que significa cinza ou fumaça. “Nos apaixonamos por ele quando o avistamos na feira. Eu sempre quis um pitbull, minha namorada queria adotar um cachorro e ele nos chamou a atenção logo de cara, por ser tão brincalhão e animado”, conta Arthur.
Feliz com o novo pet, Arthur relata que a questão da pata do Smoke é mero detalhe. “Com os cuidados certos isso não vai interferir em nossa convivência e como tenho um irmão de sete anos, acredito ser um ótimo jeito de mostrar a ele que devemos respeitar a todos os seres, independentemente da sua forma física, pois mesmo sem uma pata ele é extremamente brincalhão e carinhoso”, afirma.
Após responder algumas perguntas da equipe do Cobea e receber todas as informações necessárias, o casal fez uma adaptação dele com seus outros cachorros na área de pets do Tanque. “A equipe nos recomendou que ele deve receber bastante carinho com brincadeiras ao ar livre, mantê-lo no peso ideal para não forçar muito as outras patas, respeitar seus os limites para não cansá-lo e manter um acompanhamento veterinário, como deve ser com todos os animais. Foi tudo bem rápido e, no fim do dia, ganhamos um presentão da feira”, diz Arthur.
Outro cão que tirou a sorte grande foi o Diego. Sem raça definida, ele é uma mistura de vira-lata com pitbull e, cego de um olho, encontrou no senhor Rubens de Oliveira, morador do bairro Guarujá, um novo lar. “Perdi meu companheirinho de mais de 10 anos de convivência e agora o Diego chegou para fazer meus dias mais felizes”, comenta o aposentado.
Castramóvel Santa Mônica
Além da feira de adoção ocorrida no sábado, um dia antes, na sexta-feira (12 de setembro) a equipe de veterinários do Cobea esteve no bairro Santa Mônica para mais um mutirão de castração. Durante todo o dia foram castrados 40 animais, entre cães e gatos machos e até esta segunda-feira (15), o Cobea já contabiliza 228 castrações somente no mês de setembro, mesmo com um número expressivo de faltantes. O próximo mutirão está marcado para o dia 26 de setembro, no bairro Araucária, em uma ação conjunta com a Rádio Clube de Lages.
Texto: Silviane Brum
Fotos: Nilton Wolff, Fábio Pavan e divulgação
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