Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação “Lages é minha cidade do coração. Onde eu nasci, cresci, me realizei profissionalmente, formei família e conquistei amigos. Vi Lages crescer e amo viver aqui.” - Jota Amarante, o querido Dico da Rádio Clube
Seja enquanto a dona de casa secava a louça depois do almoço, ou enquanto o jovem lavava o carro ou o sapateiro consertava a sola de um sapato e a costureira alinhavava a barra de uma calça. Ou quando, ainda, o caminhoneiro rodava pela estrada por dezenas e dezenas de quilômetros sem a rádio sair do ar. Da mulher sonhadora com o príncipe encantado ao homem interessado em negociar seu cavalo de raça, “Onde há, o Dico está!” Ao improvisar o slogan da tradicional Rádio Clube de Lages, há mais de 70 anos no ar, você já deve estar sabendo de quem estamos falando. Intermediar negócios e ajudar a vender e a encontrar um comprador ou um “negócio bem feito e justo”, é com ele mesmo. E encontrar um grande amor, então?! Com seu empurrãozinho e uma boa propaganda floreada do pretendente, é amor à primeira vista.
Ele é tão dinâmico, profissional e experiente que vai de um vendedor de todo tipo de coisa, do portão de ferro soldado à vaca Jersey; do cachorro perdigueiro à chácara no Cerrito; da máquina de lavar roupas da Prosdócimo ao Chevette 86; e da procura pelo emprego de capataz ao advogado, até o cupido dos casais que o destino ainda não cruzou: Este é o nosso querido Dico, o Jota Amarante da Rádio Clube.
Apertar o botão para ligar o rádio, sintonizar o rádio nos 98,3 FM, antiga 690 AM quilohertz e ajeitar a antena para ouvir as notícias, as músicas do interior, as missas, a previsão do tempo, os jogos de futebol de campo, as propagandas da Arapuã, Lojas HM, Oba Oba, CB Discos, Dante Maroto, Dema, Crediário York, Kiponto, Real Acessórios, Magnetron, Café Ouro, Café Cruzeiro, Lanchik e Papelaria Pérola, as entrevistas e as orações da Ave Maria nas vozes de Luiz Zanella Sobrinho, Evaldir Nascimento, Manoel Corrêa - Maneca e do Dico, o Jota Amarante, é ritual repetido rigorosamente todos os dias por milhares de lageanos e serranos, quer dizer, muito mais pessoas, pois as transmissões são feitas ao vivo pela Internet, a poucos cliques e touchs no computador ou no aparelho celular. Ligar para a rádio e pedir para resolver problemas na cidade também era uma opção.
A série especial de matérias comemorativas ao aniversário de Lages em 2025, intitulada “Especial Lages 259 anos: Nosso Orgulho Lageano❤️”, em homenagem ao município mais populoso da Serra de Santa Catarina, com seus mais de 172 mil habitantes, um dos mais belos da região Sul do Brasil e um dos mais promissores na economia, a Princesa da Serra, fundada em 22 de novembro de 1766, traz sua primeira história, honrando a trajetória pessoal e profissional do locutor Jota Amarante, o comunicador Dico.
Ele é João Osvaldo Amarante. “Quando eu era criança, minha avó me chamava de ‘Osvaldico’ e depois ficou apenas Dico. No rádio eu usava o nome artístico Jota Amarante.” Um mestre da Comunicação, sempre demonstrou domínio na arte de se expressar com ouvintes de todas as idades a partir de seu carisma, controle emocional nas transmissões “ao vivo”, interação com as pessoas, respeito às diferenças e, impreterivelmente, carinho pela profissão. Segurava bons índices de audiência como ninguém. Altamente sociável, ficava à vontade no ar com as pessoas como se fossem boas e velhas amigas, mas, tinham acabado de se conhecer, e pelo telefone. E lá se foram mais de quatro décadas - 42 anos - inteiramente, de corpo e alma, dedicados à Comunicação, ao Radialismo e à Música. Isto mesmo, 42 anos, dos quais, metade, 20 anos, em atuação na Rádio Clube.
Dico tem 68 anos, é cristão, e libriano, nascido em 14 de outubro de 1957 em Lages. Tem o gatinho chamado Menino e mora tranquilo no bairro São Cristóvão. Filho de Yolanda Andrade Amarante, senhora aposentada, e de Cesário Domingues do Amarante, in memoriam, Dico é o mais velho de três filhos - Cesário Júnior, de 62 anos, profissão comerciário, e Kátia, 59 anos, bancária.
Sua companheira de vida é a esposa amada Claudete Padilha, 53 anos, com quem é casado há 32, portanto, em 2025 completam Bodas de Pinho. Suas preciosidades, as melhores obras deixadas para o mundo, são os três filhos - Vagner, 46 anos, formado em Educação Física; Gabriel, 38 anos, formado em Administração, e Letícia, 20 anos, estudante de Medicina.
Radialista aposentado, Dico estudou até o terceiro ano do segundo grau, o atual ensino médio, e é professor na escola da vida. “Já fui vocalista de grupos musicais, animando bailes: Grupo Os Mitos, Musical Transasom, Musical Renascença, Grupo Nó de Pinho e Grupo Chimango. Trabalhei de locutor nas rádios Diário da Manhã, de Lages; Diplomata; de São Marcos, Rio Grande do Sul; Difusora de Lages, e Clube de Lages.”
Dico é de Libra, sétimo signo do Zodíaco e associado a pessoas nascidas entre 23 de setembro e 22 de outubro. Representado pela balança, simbolizando a busca por equilíbrio, harmonia e justiça. Regido por Vênus, com o ar como elemento, o signo de Libra é conhecido por sua natureza social, diplomática e por sua capacidade de ver diferentes pontos de vista, sendo ótimos mediadores. No entanto, podem ser indecisos, pois ponderam os prós e contras antes de agir. Portanto, suas características são busca por equilíbrio e harmonia, natureza social, diplomacia, indecisão, apreço pela beleza e romantismo.
- Um locutor querido por Lages e bem premiado
Os reconhecimentos ao talento de Dico são o título de campeão do VII Festival Estudantil da Interpretação e Composição da Canção (Fesinc) em 1977, em Lages. “Ainda recebi o título de Cidadão Painelense, Cidadão Cerritense e Cidadão Capãoaltense.”
- Tirrim, tirrim: “Alô, Dico?! Eu queria vender uma geladeira”
“Atualmente, o Programa Alô Negócios não está no ar. Acredito que esse Programa foi o que teve a maior audiência, pois, em todo lugar que eu ia as pessoas comentavam e diziam como gostavam dos ‘brics’ que eram feitos. Era só ligar e fazer o anúncio para vender, comprar, trocar ou alugar. Eram os mais variados tipos de coisas. Carros, roupas, casas, utensílios domésticos... Certa vez, um ouvinte queria trocar um sofá por um porco.”
- As cartas dos enamorados
“Eu tinha um quadro que se chamava ‘A Carta do Ouvinte’. A pessoa, usando um pseudônimo, dava os seus dados pessoais, suas preferências e deixava um telefone pra quem quisesse se relacionar. Conheço casais formados com a ajuda do quadro; alguns são meus amigos até hoje.”
- Cartas para Dico
“As cartas que eu recebia eram para participar dos programas.”
- Quais os fatos mais curiosos, marcantes, emocionantes, você noticiou durante sua trajetória em rádio e jornalismo?
“Foram muitos momentos. Mas, destacaria a cobertura das enchentes em Blumenau, em 1983, sem celular na época. Nesses 20 anos, realizei muitas campanhas de ajuda. Pessoas que necessitavam de doação de alimentos, material de construção e outros. O caso mais emocionante foi o de uma senhora que não conhecia as irmãs e se encontraram no estúdio da Rádio Clube, fazendo todos se emocionarem.”
- O rádio como melhor amigo em um tempo que não volta mais
“Foi no final dos anos 1977 até 2020. Nos anos 70 e 80 o rádio fazia parte da rotina das pessoas. Era para ouvir os lançamentos musicais, saber das notícias e acompanhar o futebol. A audiência era disputada pelas emissoras de maneira muito acirrada.”
- Quais os programas queridinhos do público?
“O forte do rádio sempre foi a participação do ouvinte. A preferência era por programas que atendiam pedidos musicais. Também se destacavam os programas de entrevistas e de utilidade pública.”
- Meio de comunicação eclético e participativo
“Nas décadas de 1970 e 1980, o rádio, o lugar onde as pessoas podiam ouvir os mais diferentes estilos de música. Não havia os streamings que temos hoje. Era no rádio, também, que as pessoas faziam suas reivindicações de melhorias de ruas, segurança, saúde e podiam ‘botar a boca no trombone’.”
- Como foi acompanhar as transições musicais e tecnológicas de operação, jornalismo e publicidade e propaganda do rádio? Pode fazer esta análise para a gente, Dico?
“Fiz parte dessa mudança: Dos discos de vinil até as plataformas de música. Foi tudo muito rápido. Mas, junto com as facilidades que as novas tecnologias trouxeram, perdemos a qualidade dos produtos que são entregues aos ouvintes.”
- O que a Comunicação é capaz de fazer na vida de uma pessoa?
“Na minha vida a Comunicação foi o canal que me realizou profissionalmente.”
- Quais os ensinamentos da Comunicação que podem ser levados para o dia a dia da vida real, Dico?
“A Comunicação nos ensina que devemos ser solidários, que devemos ter respeito pelas pessoas, que podemos levar alegria, podemos ser uma referência para a comunidade. Por isso, quem tem o talento da Comunicação não pode fugir da responsabilidade de fazer um mundo mais justo para todos.”
- Bem no estilo gaúcho: Dico de bombacha, bota campeira e lenço de cetim nos bailes de fim de festa de Igreja no interior, tardes dançantes e quermesses de fins de semana
“Participei de Festivais de Música por diversas vezes, sendo, em 1975, campeão do VII Fesinc - Festival Estudantil da Interpretação e Composição da Canção, com a música 'Don’t Let me Down’, do The Hollies, na categoria Interpretação. Na categoria Composição fui 2º lugar (CFE consta no disco). Mas, não era composição minha. Este Festival, de Lages, premiava duas categorias: Interpretação e Composição. Na oportunidade fui convidado para ser vocalista do Grupo Os Mitos. Também fiz parte do Grupo Transasom, e do Musical Renascença, que eram conjuntos de baile nos anos 80. Depois, fundei e participei, durante dez anos, do Grupo Chimango. Mas, a música ainda faz parte da minha vida. Estou sempre ouvindo as novidades, e gosto mesmo é de recordar os grandes sucessos. Não sou compositor.”
O VII Fesinc contou com a frequência de mais de 15 mil espectadores, tornando-se o maior festival de música do Estado de Santa Catarina. Um disco de vinil intitulado “As Mais do VII Fesinc”, uma pequena amostra da cultura musical lageana foi lançado com duas faces - quatro músicas. Na A, as canções “Ficção”, interpretada por Louise Lucena, de autoria de Evaldo Bezerra Filho, e “O Prisioneiro”, interpretado por Dico, também de autoria de Evaldo Bezerra Filho. Na Face B, as músicas “Hino do Fesinc”, interpretado por Marcos, com autoria de Gilmar Antonio, e “Meu Cumpadre”, pela voz de Mário Marçal, criada e escrita por ele mesmo. No acompanhamento e arranjos, o Conjunto Orquestral Transasom.
O Fesinc era realizado anualmente em Lages desde 1970, pelo Centro Cívico Argeu Furtado, do Centro Educacional Vidal Ramos Júnior, sob a coordenação de Luiz Carlos Steinck.
- Sua relação com o tradicionalismo de Lages e região serrana
“Durante o tempo em que eu era vocalista do Grupo Chimango, realizamos muitos bailes em parceria com os CTGs [Centros de Tradições Gaúchas] de Lages e região. Também, dividimos o palco com grandes grupos gaúchos, como Os Serranos e Os Garotos de Ouro.”
- A rotina do famoso Dico da Clube - Seus afazeres e compromissos do dia a dia
“Agora, que estou aposentado, não acordo cedo. Mas, não fico sem tomar meu cafezinho antes de almoçar. À tarde, atualizo minhas mensagens de WhatsApp e minha página no Facebook. À noite, assisto futebol na TV, recebo amigos e parentes em casa e me preparo pra dormir. Entre as atividades de dias úteis da semana e fins de semana não tem muita diferença. Mas, em alguns finais de semana, eu viajo. E, sempre, sempre, estou em contato com meus filhos.”
- Dico já foi criança
“Foi um período de muitas descobertas. Brincava muito. Tinha muitos amigos. Gostava de estudar e lia muito gibi. Meus pais puderam me oferecer uma vida confortável.”
- Conta um pouco da sua vida para a gente, Dico
“Iniciei os estudos no Colégio do Rosário, em Lages, até a 5ª série, e depois estudei no Colégio Diocesano. Participei de Festivais de Música por diversas vezes. Em 1977, ao ouvir um anúncio que uma rádio estava selecionando locutores, fui fazer um teste e fui aprovado. Era a Rádio Diário da Manhã. Dois anos depois, fui convidado para assumir a coordenação da Rádio Diplomata da cidade de São Marcos, no Rio Grande do Sul.
Quando voltei para Lages, fui trabalhar na Rádio Difusora, no bairro Coral, onde trabalhei por 18 anos. Com a venda da emissora, fui contratado para fazer parte da equipe da Rádio Clube de Lages, onde atuei até janeiro de 2020.
Apresentei os seguintes programas: Peça e Ouça (na Rádio Diário da Manhã, em que comecei); O Disco do Telefone e Você é quem Manda (Rádio Difusora), e Clube Interativa, Jornal da Clube, Estúdio 690, Estúdio 98,3, A Oração da Ave Maria e A Hora da Corneta, todos estes na Rádio Clube. Eu era o apresentador e produtor.
Em 2023, recebi um diagnóstico que mudou a forma como vejo meu corpo e minha rotina: Atrofia Muscular Espinhal tipo 4, uma doença rara que afeta os músculos e causa fraqueza progressiva. Aprendi a respeitar meus limites, celebrar as pequenas conquistas e seguir em frente com gratidão por todo o apoio que recebo. Cada dia é uma oportunidade de cuidar de mim e continuar vivendo com esperança e coragem.”
Agora, um Dico que você não conhece
- Seus hobbies - Seus gostos por lazer, relaxamento, descanso, entretenimento, diversão
“Meu hobby é assistir séries. Como lazer, gosto de ir a restaurantes. Pra relaxar, um joguinho de paciência. Ainda ouço rádio, vejo TV e um cochilo depois do almoço.”
- Já que “curte” um futebolzinho na televisão - Para quem você torce nas quatro linhas do gramado?
“Sou flamenguista.”
- Seu ídolo na vida? E na Comunicação? E no Radialismo?
“Pra mim, Jesus é o cara. Na Comunicação, citaria Silvio Santos e também Luiz Zanella, com quem eu trabalhei na Clube. Sempre admirei a coragem de Ayrton Senna.”
- Quem é sua inspiração na vida?
“Minha mãe.”
- Quais as suas manias?
“Tomar café depois de almoçar. Conferir a previsão do tempo quando acordo. Cortar o cabelo só na fase da lua minguante.”
- Curiosidades sobre você e sua vida?
“Eu guardo muitas fotos de papel e gosto de ver. Adoro ficar no computador ouvindo músicas e descobrindo curiosidades.”
Olha só que legal este trecho de um artigo de Dico e as curiosidades pesquisadas, analisadas e divulgadas em seu Facebook:
- Houve um tempo em que o telefone não era um objeto de bolso, mas um trono enfeitado na sala de visitas. O aparelho fixo reinava sobre uma mesinha de canto, sempre acompanhado de uma toalhinha de crochê e, quase sempre, de uma caneta falhando e um bloco de recados.
- Pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma lista oficial com os sobrenomes mais comuns do Brasil, baseada em dados coletados durante o Censo Demográfico de 2022.
- Biotônico Fontoura e o álcool em sua fórmula: Um mergulho na história.
- A segunda língua mais falada no Brasil é o alemão.
- O Parlamento de Portugal aprovou no dia 30/09/2025 uma nova versão do projeto que altera a Lei de Estrangeiros e endurece as regras de imigração.
- 1938: O nascimento do carro que conquistou o mundo.
Na Alemanha dos anos 30, um engenheiro chamado Ferdinand Porsche recebeu uma missão ousada: Criar um carro acessível para o povo. Simples, resistente e econômico. Assim nasceu o projeto do Volkswagen Tipo 1, que mais tarde ganharia apelidos carinhosos como Fusca, Vocho, Beetle e muitos outros, um verdadeiro camaleão cultural sobre quatro rodas.
- Tecnologia devolve autonomia a cirurgião que perdeu movimentos das pernas.
- O último apóstolo a morrer foi João, o Evangelista, também conhecido como o discípulo amado de Jesus.
- Você sabia?
Na década de 1980, os gatos viviam em média apenas 7 anos. Em 1995, esse número já era 9 anos… e hoje chega a 15 anos!
Estudos apontam que a expectativa média vai de 13 a 20 anos, com uma mediana de 14. Mas existem super felinos: alguns chegam aos 30 anos — e o recordista mundial, Creme Puff, viveu 38 anos e 3 dias!
Gatas vivem mais que machos.
Mestiços vivem mais que gatos de raça pura.
E gatos mais pesados geralmente têm vida mais curta.
Curiosidade: O famoso mito “1 ano felino = 7 anos humanos” está errado. A fórmula correta é: 4x + 16 (x = idade do gato em anos, a partir dos 2 anos).
- Qual seu livro preferido, Dico?
“A Bíblia.”
- Seu filme favorito?
“Titanic.”
- Sua música favorita
“Ouço os sucessos que fizeram parte da minha adolescência e que me trazem boas lembranças. Músicas dos anos 70 e 80. Minha favorita é ‘Detalhes’.”
- Um cantor ou cantora do seu gosto
“Roberto Carlos.”
- Banda ou grupo?
“Roupa Nova.”
- Cor
“Azul.”
- Look completo?
“Eu me sinto bem usando calça jeans, camisa polo e tênis All Star.”
- Um perfume que você gosta muito, Dico?
“A linha de perfumes 212, da Carolina Herrera.”
- Seu prato favorito?
“Bife com batata frita.”
- Bebida?
“Suco de laranja.”
- Diga para a gente uma pessoa que é sua “Fã de Carteirinha”
“Dr. Roberto Amaral e prefeita Carmem Zanotto.”
- Uma viagem bacana já feita?
“Passeio com a família na Serra Gaúcha.”
- Um lugar inesquecível onde já esteve?
“Adoro Balneário Camboriú.”
Lugar que gostaria de conhecer?
“Gostaria de conhecer as praias do Nordeste brasileiro.”
- Quais as suas saudades?
“Tudo aquilo que me deixou feliz.”
- Frase do seu gosto?
“Agradeça sempre que der vontade de reclamar.”
- Seu lema de vida?
“Acredite. Tem muita gente que se inspira em você.”
- Um mantra de vida?
“Não há devolução para o tempo perdido. Aproveite o dia!”
- Quais sonhos e projetos você realizou ao longo da sua vida?
“Sempre desejei encaminhar meus filhos e orientá-los de modo que eles entendessem a importância de serem pessoas do bem, lutarem pelos seus sonhos e aproveitarem a vida.”
- Qual dia da sua vida que você considera inesquecível?
“Tenho muitos. Mas, quando eu venci o Festival de Música no Ginásio Ivo Silveira lotado e as pessoas gritando meu nome; é um momento inesquecível.”
- Projetos de vida, metas e sonhos, você ainda não realizou e ainda quer realizar e tornar uma verdade e boa memória?
“Ainda gostaria de fazer uma longa viagem pela Europa.”
- Qual seu desejo pessoal?
“Ver minha filha formada em Medicina.”
- Quais seus planos para o futuro?
“Planejo voltar a atuar na Comunicação.”
- Quais são os seus desejos para o rádio e à comunicação de Lages?
“Que a rádio volte a ter credibilidade e não perca sua ‘alma’, que é dar voz à comunidade. Que valorize financeiramente quem se dedica a essa bela profissão e tenha certeza que ainda não há substituto para o rádio.”
- Seus anseios para o rádio e à comunicação do Brasil?
“Hoje está havendo muita ideologia substituindo a alegria e a descontração, que são a marca registrada do rádio. O rádio precisa voltar a ser feito por profissionais que amem aquilo que fazem.”
- O que imagina como desejo e sonho para o futuro do Brasil?
“Acabar com a corrupção.”
- Sua esperança, Dico?
“Ver a classe política realizar projetos que tragam melhorias para todos e que a justiça seja mais justa.”
- Seu conselho para a juventude e um conselho à humanidade
“Juventude: Viva intensamente essa fase, pois só assim você não se arrependerá. Mas, esteja preparado para assumir seus erros.
Humanidade: Ainda dá tempo de melhorar.”
- Afinal, quem é o Dico?
“Um cara simples, que gosta de conversar com os amigos, torcedor do Flamengo. Não gosto do frio, sou muito positivo, perfeccionista, e amo minha família. Procuro aprender com os erros e levar a vida de um jeito leve.”
- E por que é legal ser considerado um Orgulho Lageano nestes mais de dois séculos e meio de fundação de Lages?
“Porque significa que cumpri minha missão e deixei um legado. Se eu recebo esse título, é porque consegui deixar alguma marca no coração e na vida das pessoas."
- Descreva Lages para nós, sob seu ponto de vista
“Lages é minha cidade do coração. Onde eu nasci, cresci, me realizei profissionalmente, formei família e conquistei amigos. Vi Lages crescer e amo viver aqui.”
- E este seu amor implacável por Lages?
“Gosto de viver em Lages, sim, apesar do frio. Aqui eu tenho minha família e amigos.”
- Quais são seus sonhos para a cidade de Lages?
“Que tenha seu lugar de destaque no cenário estadual. Que seja referência como cidade boa pra viver e que o povo ame essa cidade mais que tudo.”
- Uma pausa para relembramos como nossa Princesa da Serra nasceu
A trajetória da fundação de Lages é marcada por fatos históricos que remontam à primeira metade do século XVIII. Sua primeira denominação foi “Campos de Lajes”, justificada pela grande quantidade de pedras (lajes) de arenito na região, e foi alterada para o nome atual, Lages, em 1960.
Em 1766, o Capitão Antônio Correia Pinto de Macedo fundou a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres das Lajens (hoje Lages), que servia como estalagem para o comércio de gado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, o tropeirismo. A vila foi inicialmente chamada de “Lajens” em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres, atualmente a Padroeira do município de Lages, e pelo nome em razão da abundância de pedras lajes na região. O nome “Campos das Lagens” já figurava em registros manuscritos de 1746.
A fundação ocorreu em 22 de novembro daquele ano, na região em que atualmente é a cidade, e foi motivada pela necessidade de proteger a área contra invasões espanholas e fortalecer o território da Capitania de São Paulo.
Em 20 de agosto de 1766, em São Paulo, o então Governador e Capitão General da Capitania de São Paulo, Dom Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assinou a ordem para a fundação de uma vila na região, determinando que esta fosse colocada sob o orago (santo a quem se dedica um templo) de Nossa Senhora dos Prazeres, de quem era devoto. A missão foi confiada a Antônio Correia Pinto de Macedo, que partiu de São Paulo pouco depois.
Correia Pinto chegou aos campos das Lagens em 22 de novembro de 1766, data que até hoje é celebrada como o aniversário de fundação de Lages. Oficialmente, a fundação da vila se consolidou somente em 22 de maio de 1771, após algumas tentativas e mudanças devido a fatores, como, escassez de materiais e cheias (águas de chuvas contínuas ou torrenciais em curto espaço de tempo).
Como finalidade estratégica da fundação, criar um ponto de defesa e fortificar a ocupação do território catarinense, principalmente contra as pretensões espanholas. Lages admitiu um papel significativo como rota comercial, pois se tornou um ponto tático ao comércio de gado, especialmente para os tropeiros que levavam o gado dos campos do Rio Grande do Sul para abastecer outras regiões, como Minas Gerais.
Portanto, em 22 de maio de 2025, Lages comemorou 254 anos da fundação oficial da Vila de Nossa Senhora dos Prazeres do Sertão das Lagens, marco que representa o início da sua povoação. A data remete ao ano de 1771, quando foram lavradas as atas da fundação e eleitas as primeiras autoridades da vila. Informações que constam nos documentos históricos preservados no Museu Histórico Thiago de Castro (MHTC).
Dico, você um orgulho para Lages, um dos presente à cidade nestes 259 anos de tantas histórias lindas, desenvolvimento e um futuro de sucesso que se avista. Feliz aniversário, nossa Lages maravilhosa!
Série Especial Lages 259 anos: Nosso Orgulho Lageano - Textos por Daniele Mendes de Melo
Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação
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