Fotos: Toninho Vieira, Pablo Gomes, Marcelo Pakinha e Greik Pacheco Para se ter uma noção, o ano inteiro de 2018 fechou em R$ 38.766.000, valor já superado em apenas 11 meses, e Lages deve passar do R$ 46 milhões em 2019
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O reaquecimento da economia nacional configura como fator diretamente ligado ao aumento da arrecadação de tributos no município de Lages. A análise do secretário da Administração e Fazenda, Antonio Cesar Arruda, permeia as motivações deste panorama, como a movimentação do país refletida pela mudança na Presidência do Brasil. O Estado de Santa Catarina teve crescimento na arrecadação de 12% este ano, em relação a 2018. Lages teve acréscimo maior, levando-se em consideração seus impostos municipais, na casa de 22%.
De janeiro a novembro foram arrecadados R$ 41.359.000, e ainda falta o mês de dezembro, elevando o reforço em pelo menos mais R$ 5 milhões. Para se ter uma noção, o ano inteiro de 2018 fechou em R$ 38.766.000, valor já superado em apenas 11 meses, e Lages deve passar do R$ 46 milhões. Em janeiro de 2019, o Município de Lages arrecadou, relacionado ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN - imposto que fica diretamente no Município), R$ 3.427.629, e em novembro R$ 4.198.604, ou seja, uma proporção com aumento de 22% em 11 meses, sem elevar nenhum tipo de imposto ao cidadão, consiste em contribuições efetivas da população dentro da receita municipal.
O conjunto de impostos de Lages é formado por Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) ou Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), alvarás e taxas de licenças, entre outros valores, como o recolhimento tributário na construção de imóveis e retorno diante de vendas feitas. “Toda transação feita no Município ou volta em 100% ou parte retorna aos cofres públicos municipais. Os cidadãos podem ter certeza que iremos bater mais recordes, devido à ascensão do país. O crescimento é real porque a economia está andando a contento e as pessoas podem não estar percebendo neste momento, mas a economia mudou, e expressivamente. O imposto arrecadado se refere àquilo que é de fato recolhido pelas obrigações. O Brasil está produzindo mais e a retomada está em curso e é excelente. Os investimentos e o consumidor estão ativos. O ciclo está normal. Esperamos que em 2020 seja melhor ainda”, avalia Arruda, acrescentando outros tópicos: “Este incremento na arrecadação significa que o nosso comércio, nossa indústria e nossos prestadores de serviços são fortes. Lages, como cidade polo, é um município pujante e isto é só o começo da virada. Ao nosso entender, as medidas econômicas tomadas pelo Governo Federal, a Reforma Previdenciária e a Reforma Tributária (esta em andamento) e inflação e juros baixos estão dando resultados e a iniciativa privada está atribuindo sua contrapartida.”
Nesta quinta-feira (12 de dezembro), a Bolsa de Valores fechou em praticamente 112 mil pontos, portanto, mais que o dobro no período de eleição do atual presidente, Jair Bolsonaro. “Fato que está dando reflexo, pois o Brasil que produz e continuou produzindo, independentemente de quem é o presidente e de quem está tocando a política no país. De 2017 para 2018 Lages teve um crescimento de arrecadação de 23%, e de 2018 para 2019 22%. Nos últimos dois anos a economia lageana cresceu praticamente 50%”, destaca o secretário.
De acordo com o prefeito Antonio Ceron o Município de Lages poderá arrecadar, em 2020, com acréscimo próximo a 22%, de forma moderada, até porque a inflação está baixa, na casa de 3%, e com a acomodação do mercado. “Quando há casos de retomada econômica todo mundo compra, após há um ou dois anos de crescimento alto e depois vem a estabilização,”, diz.
A grande expectativa para o próximo ano compreende a instalação da empresa Berneck, que irá gerar 500 postos de trabalho diretos somente na etapa de construção de sua unidade fabril à margem da BR-116, próximo à divisa entre Lages e Capão Alto. “Na história, depois da Ambev, é a segunda maior implantação de uma planta de uma única empresa em um único ano. Os investimentos na construção somam em torno de R$ 800 milhões”, salienta o prefeito Antonio Ceron.
A montagem do empreendimento será em 2020, a operação da produção iniciará em 2021 e para 2022 está prevista a arrecadação, pois a projeção de entrada de impostos é para dois anos. Daí em diante serão arrecadado valores de ICMS, sendo a diferença entre o pagamento pela matéria-prima e valor de venda do produto acabado.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Toninho Vieira, Pablo Gomes, Marcelo Pakinha e Greik Pacheco
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