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Fotos: Robinson Spuldaro/Divulgação Um dos transtornos do fenômeno foi a falta de energia elétrica para ordenhar vacas mecanicamente; utilizar geladeiras para manter produtos da agricultura familiar e insumos em temperatura adequada (queijos, outros laticínios e carnes); controlar o gado com cerca elétrica, e realizar as atividades básicas do dia a dia, como o banho quente
O Município continua acompanhando o panorama dos impactos da tempestade com vendaval, o ciclone de terça-feira (30 de junho) na área rural de Lages. Oito dias já passaram, mas as pessoas ainda amargam os efeitos materiais e financeiros causados pela intempérie.
Profissionais da Secretaria da Agricultura e Pesca se dirigiram a propriedades de agricultura e pecuária para averiguar os danos do fenômeno meteorológico nos sítios, serviço iniciado na quinta-feira (2 de julho). E nesta quarta-feira (8 de julho) foram vistoriadas a localidade Cabo de Lança, onde está a propriedade de Elza Banqueta, e Tributos, que sedia a casa de Lauro de Jesus Coelho, beneficiado com a entrega de lonas plásticas para a cobertura de telhado. Conforme as lonas sejam disponibilizadas à Secretaria, a doação é viabilizada.
Entre as localidades mais afetadas também estão Salto Caveiras e Cabo de Lança. Constam na lista de ocorrências destelhamentos de casas, garagens, galpões, paióis e estufas para cultivo de hortaliças (a exemplo de alface) e estragos em plantações. Abrigos para animais - bois, porcos e galinhas criados pelos moradores, também aparecem entre os bens danificados.
A força das rajadas de vento de até 130 quilômetros por hora, partindo de 90 quilômetros, se prolongaram por cerca de 90 minutos no começo da tarde do dia 30 (por volta de 14h30min), derrubaram árvores sobre cercas e estradas, além de postes, impedindo os cidadãos de terem energia elétrica para ordenhar vacas mecanicamente; utilizar geladeiras para manter produtos da agricultura familiar e insumos em temperatura adequada, a exemplo de queijos, outros laticínios e carnes; controlar o gado com cerca elétrica, e realizar as atividades básicas do dia a dia, como o banho quente. Também ficaram instáveis ou inexistentes sinais de telefone fixo por operadora ou via rádio e sinais de Internet. Pessoas dependentes de insulina (hormônio de combate a diabetes) e concentradores de oxigênio tiveram de tomar medidas às pressas.
A passagem pelos locais atingidos e a distribuição de lonas foram desempenhadas pelo secretário da Agricultura e Pesca, Osvaldo Uncini, juntamente ao diretor de Piscicultura, Nelson Beretta, e a engenheira agrônoma, Josie Moraes Mota, que estiveram em alguns endereços do interior de Lages nesta quarta-feira. Verificaram sinistros e conversaram com moradores e produtores. Algumas residências foram forçadas a serem interditadas pela Defesa Civil em razão do risco à integridade física de seus moradores ou pela iminência de desabamento e outras seguem com fornecimento de energia elétrica interrompido. “É uma lástima o que aconteceu na cidade e na região rural do nosso município. Houve partes estruturais internas e externas extremamente danificadas. As lonas são um socorro emergencial. Enquanto Poder Público, faremos o possível para amenizar estes problemas e que os agricultores e pecuaristas possam retomar suas atividades o mais breve possível”, salienta o secretário Osvaldo Uncini.
Técnicos da Secretaria da Agricultura e Pesca já se deslocam para as localidades de fazendas para providenciar o levantamento e quantificação de consequências, e posteriormente implantarem as ações especiais emergenciais cabíveis para auxiliar a população afetada na região do interior do município de Lages. Será produzido um relatório com as informações, documento que embasará a reivindicação de verba junto ao Governo do Estado, destinada à compra de telhas de fibrocimento e vigas para a própria estrutura das coberturas. Falta pouco para o levantamento ficar pronto.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Robinson Spuldaro/Divulgação
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