Coronavírus: entenda como é feito o rastreamento de contatos e a importância desta estratégia para evitar novos casos
16/09/2020 14:46:54
Fotos: Divulgação
Saúde 16/09/2020 14:46:54
Coronavírus: entenda como é feito o rastreamento de contatos e a importância desta estratégia para evitar novos casos
Cada indivíduo identificado passa a receber orientações sobre a doença e as manifestações clínicas que deverão ser observadas durante o período de monitoramento
Identificar e monitorar os contatos próximos de casos confirmados do novo Coronavírus (Covid-19) é um dos grandes desafios da Secretaria Municipal de Saúde, pois muitos deles podem ser possíveis casos de indivíduos assintomáticos. Interromper as cadeias de transmissão, diminuindo o número de novos casos é o principal objetivo do rastreamento de contatos.
Esta definição pode ser usada com qualquer pessoa que esteve em contato próximo a um caso confirmado de Covid-19 durante o seu período de transmissibilidade, ou seja, entre dois dias antes e dez dias após a data de início dos sinais ou sintomas do caso confirmado. “O monitoramento se inicia após avaliação médica que pode ser presencial ou via teleatendimento. O monitoramento acontece via telefone ou WhatsApp e o tempo entre cada contato com o paciente é definido de acordo com a necessidade, levando em consideração a existência de comorbidades e/ou agravamento dos sintomas”, explica a coordenadora da Central de Monitoramento da Covid-19 em Lages, Joana Manfrói.
Para fins de vigilância, rastreamento e monitoramento de contatos, deve-se considerar o contato próximo, ou seja, pessoas que tiveram um contato físico direto com o infectado, como um aperto de mão, por exemplo. Também passa a ser monitorada pessoas que tiveram a menos de um metro de distância, por um período mínimo de 15 minutos, com um caso confirmado, sem a utilização de máscara.
Assim como profissionais de saúde ou outra pessoa que prestou assistência ao caso de Covid-19 sem utilizar equipamentos de proteção individual (EPI). E trata-se de um contato domiciliar pessoa residente na mesma casa ou ambientes como dormitórios, creche, alojamento, entre outros.“Os familiares que residem no mesmo domicilio devem ser informados pelo paciente como contato próximo, para avaliação e monitoramento.A definição do tempo de monitoramento depende da avaliação clínica, resultado do exame e data dos primeiros sintomas”, informa a coordenadora.
Durante o monitoramento será definido a data de retorno as atividades normais, como o trabalho. Mas, mesmo depois de voltar à rotina, é preciso ficar atento, continuar usando máscara e cuidando-se, com o uso de máscara, lavar as mãos com água e sabão, usar álcool 70% e manter distanciamento.
Dificuldades no rastreamento em locais com muitos casos
O rastreamento de contatos deve ser utilizado para todos os casos confirmados. É desejável que esta estratégia seja feita também para os casos suspeitos, em locais com poucos casos ou que tenha baixa capacidade laboratorial instalada.
Quando a transmissão é comunitária, de forma intensa e acelerada no território, o rastreamento de contatos pode ser difícil de operacionalizar, mas deve ser realizado sempre que possível, priorizando os contatos domiciliares, trabalhadores de serviços de saúde, da segurança pública e trabalhadores de atividades de alto risco, como casas de repouso, penitenciárias e alojamentos.
Para a identificação dos contatos é importante que seja realizada uma investigação detalhada dos casos, durante o atendimento pelo serviço de saúde. A partir desta ação, definir um meio de comunicação mais adequado para entrar em contato com eles, como por telefone.
Contatos suspeitos recebem orientações
Cada indivíduo identificado passa a receber orientações sobre a doença e as manifestações clínicas que deverão ser observadas durante o período de monitoramento. Isso inclui o aparecimento de qualquer sintoma de gripe, febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza ou congestão nasal, perda de olfato ou paladar, diarréia, falta de ar ou dificuldade em respirar.
Também são orientados sobre o que fazer se apresentar algum sintoma, quais os serviços procurar e como se isolar, assim como precauções adicionais ao observar sinais de gravidade, e quais os serviços de referência para o tratamento e diagnóstico que deve buscar.
Texto: Aline Tives
Foto: Divulgação
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